sábado, 11 de dezembro de 2010

apenas pensamentos.


Hoje deu uma louca e eu comecei a escrever um conto, vou postar ficar postando aqui, mas o conto será breve. No começo é chato, não sou boa em começos, perdão. Espero que curtem, quero opiniões ein... Beijão gente, tenham um bom finds *-*hihi s2


Niu: Chave, celular, iphod, estou pronta. Hoje eu tenho a certeza no olhar,hoje é meu dia, estou com a força nas mãos. Frases de alto-estima invadem minha consciência, hoje é um dia importante na minha vida. Depois de quase 3 anos em treinamento, eu estava certa de meus planos. Peguei um ônibus, era um dia daqueles onde o sol resolveu brilhar menos, os raios estavam escondidos entre as montanhas. No céu, reinavam as nuvens negras. Poucas pessoas sentadas no ônibus, e aquelas que estavam não estavam realmente. De pé, pude ter uma visão ampla do ônibus... Fixei meus olhos nas faces daqueles passageiros, estavam em estado de viagem, cada um em lugares diferentes, seus rostos eram completamente decifráveis, pude imaginar onde cada uma daquelas quatro pessoas gostariam de estar. A primeira estava sentada ao lado da janela, era loira de grandes cabelos, vejo sol, água salgada, água de côco. A segunda era um homem e estava sentado ao lado onde eu me encontrava de pé, nele pude imaginar uma cama, lençol, travesseiro música. A terceira era uma jovem senhora e seus olhos guiavam as ruas da cidade, vejo o amor, grama, esposo e crianças. A quarta era uma senhora, eu via a dor de um filho perdido, sofrimento... Peso nos ombros... Tristeza no olhar. É grande a minha vontade de abraçar aquela senhora, mas não podia. O meu ponto se aproximava, dei o sinal e desci daquele ônibus, apressei o passo, só mais algumas ruas e eu chegaria. Já estava adaptada aquelas ruelas, onde tudo era estranho, sujo e completamente baixo. Os meus olhos já podiam avistar os letreiros da casa de show Roone. Mesmo sendo 16h, já havia clientes, eles definitivamente não perdiam tempo. Mesmo depois de 3 anos aquilo não havia mudado. Logo eu estava na frente daquelas portas de vidro que pareciam que ia me engolir. Fui mais forte e entrei com ar de superação. Dei de cara com Mathias, ele ainda era da recepção.
Mathias: Ora ora, se não é a senhorita Niu, a própria Niu problemática na minha frente.
Joguei-lhe um olhar ameaçador, quase cuspi na cara maquiada daquele maldito gay.
Niu: A própria, e voltei, agora estou totalmente pronta. Quero falar com Odair agora.
Mathias: sei... Odair esta ocupada, não pode atender crianças.
Niu: não interessa, quero falar com ela. AGORA.
Fastei meu tronco para frente daquela bancada espremendo meus seios, e disse-lhe.
Niu: Eu não vim para brincadeiras, agora me escute e chame Odair.
Vi medo em seus olhos, era fácil pressionar as pessoas. Gosto disso.

Mathias: uuum... Só um momento.
Afastei-me da bancada e pude ouvir a gritaria de prazer que vinha de trás da porta de ferro. Concentrei-me nos meus desejos. Eu queria vingança, e reconhecimento, eu ia mostrar custe o que custar.

Odair: Senti sua falta querida.
Virei-me e pude ver Odair. Com aquele corpo fantástico, e com a voz mais falsa que eu conhecia, ela realmente não tinha mudado nada. Como previ.

Niu: Quero voltar, eu estou preparada.
Odair: Sabia que voltaria, mas você quer voltar pra onde exatamente?
Niu: Eu quero dançar.
Odair: Dançar? Sabe quanto prejuízo você me causou garota? Perdi milhares de clientes por causa da sua estupidez. Lembra-se o que aconteceu? Realmente recorda-se?
Niu: Eu mudei, estou totalmente apta. Sim eu me lembro, não repita essa história.
Eu sabia que ela não se importava, ia repetir TUDO.

Odair: Eu acho que esqueceu... Era em um Sábado a noite quando te dei a chance da sua vida, você disse que sabia o que queria. Te coloquei na barra mais alta e você me decepciono, não soube fazer NADA, pra completar caiu em cima do meu maior cliente. Ela me olhou de um jeito que eu não gostei. Queria me testar.
Niu: Eu preciso que me veja agora. Quero trabalhar aqui, por favor me dê essa chance.
Odair: Tudo bem, já que insiste, não tenho muito tempo, seja breve. Siga-me.
Tinha a plena consciência que ela não estava apostando absolutamente nada em mim, e que aquilo para ela era perda de tempo, mas eu ia lhe mostrar o oposto. Eu estava no caminho certo. Andamos em um extenso corredor, ela abriu uma porta, vi um compartimento pequeno, onde tinha uma barra e uma poltrona. Odair se acomodou na poltrona. Eu subi no palco da barra e então ela me disse ameaçadamente.

Odair: Pode começar. Quero ver quanto você vale.

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